quarta-feira, 10 de março de 2010

La Madre.

a mãe terra vem sofrendo
de abusos impares
seu tempo esta diminuindo
e assim ela vem respondendo
as questões jogadas em sua boca
como se nada fizesse sentido
a cabeça explode
o caos se torna o unico lamento
destruir oq nos anima
é o que ela faz pra nos alertar sobre nós mesmos

enquanto soamos como anormais
enquanto esquecemos que somos animais

não me questione
não se esqueça
que tudo vem por uma causa
vem para cortar a sua cabeça
não se preocupe
adormeça
se algo acontece
é por sua vontade e falta de certeza

tudo não passa de ilusão
momentos são só faiscas da falta do que fazer
enquanto procuramos ter um tempo certo
o medo finge preencher
as coisas acontecerem
os fatos
pra tudo se tornar coerente
em um só abismo falta tato
tudo não passa de uma provação
enquanto o grito for mais alto
durante o tempo da canção

Quase.

sou sua
sou seu
quase nua
dentro de um sonho acordado
banhado pelo suor noturno
calor
janelas abertas
molhando as pernas pra continuar
acordada, dormindo
em um transe sem motivo
com hora certa pra acordar
tudo não passa de vidas entrelaçadas
reações assustadas
embaladas por uma curtina com traças
sou teu
antes de vc ser minha
assustada por não se conhecer
por copiar gestos de alguem de longe
respirando ofegante
trocando tons por sussurros
entregue a vontade
de não estar mais porali
não sei explicar
só sei que a alma se desprende e caminha
procurando no teu cheiro
novos motivos pra conquistar o poder
de estar aqui.

Variedades.

se tudo fosse como ontem
e rolasse como antes
fosse mordido e bjado
talvez teria um gosto melhor
preciso ver um sorriso na sua boca
uma tragedia no seu copo
e alguem espiando o nosso momento e se perguntando
como pode eles serem assim?
sem medo de ter medo de flutuar
no proprio desejo
na falta de vontade de se distanciar
se todo caminho levasse
aonde nossos olhares se encontram
tanto faria se a noite acabasse
eu me sinto preso no seu labirinto
enxarcado pela chuva e só
te vejo nos espelhos
no deserto florido
no corpo celeste
onde vivemos sem nossos medos
nos sonhos que eu perdi
nos momentos que não posso recriar
seu tom vermelho
seus olhos negros
seu cheiro bom
oq fica é só o novo tempo
as novas novidades
variaveis